Como a Circular Brain está transformando lixo eletrônico em um novo modelo de economia circular

A tecnologia tem um papel essencial na construção de um futuro mais sustentável, e a startup brasileira Circular Brain é uma prova viva disso. Com uma proposta ousada e prática, a empresa está reinventando a gestão de resíduos eletrônicos e criando um ecossistema digital para conectar todos os elos da cadeia de reciclagem.

A mineração urbana do século XXI

Com a plataforma digital CIRCULARE, a Circular Brain vem promovendo a chamada mineração urbana, uma abordagem que vê o lixo eletrônico não como fim, mas como fonte de matéria-prima para novas cadeias produtivas. Desde 2018, a empresa vem ampliando sua atuação ao integrar fabricantes, distribuidores, recicladores, transportadoras, consumidores e governos em um sistema unificado de gestão de eletroeletrônicos pós-consumo.

O diferencial está no uso de inteligência de dados para rastrear dispositivos descartados, garantir logística reversa eficiente e certificar a destinação ambientalmente correta de materiais como baterias, fios, placas e outros componentes.

Impacto ambiental com escala

Segundo dados públicos, a Circular Brain já contabiliza mais de 40 mil pontos de coleta integrados e cerca de 400 mil itens eletrônicos rastreados por meio de sua tecnologia. Esses resultados evitam que toneladas de materiais tóxicos e recursos raros acabem em aterros, enquanto criam valor para toda a cadeia envolvida.

Crescimento e inovação

Com uma captação recente de R$ 20 milhões, a startup pretende ampliar sua atuação na América Latina, consolidando-se como uma das maiores operações de reciclagem digital do continente. O investimento permitirá avanços na automação da plataforma e no suporte técnico para novos parceiros, acelerando a transição para modelos produtivos mais circulares.