
Sustentabilidade nas empresas brasileiras deixa de ser tendência e passa a ser estratégia de negócio
76% das empresas brasileiras já adotam práticas ESG, segundo a Amcham. Sustentabilidade se consolida como estratégia de negócio e vantagem competitiva.
76% das empresas brasileiras já adotam práticas ESG, segundo nova pesquisa da Amcham. Esse dado, divulgado em julho de 2025, reforça um movimento cada vez mais evidente no setor corporativo: sustentabilidade não é mais uma pauta periférica, ela é um componente central da gestão e da competitividade empresarial.
A seguir, analisamos os principais insights do levantamento e o que eles indicam sobre o papel do setor privado na transição para uma economia mais justa, resiliente e de baixo carbono.
Um panorama da pesquisa
Realizada entre abril e maio de 2025, a pesquisa da Amcham Brasil contou com a participação de centenas de executivos e líderes empresariais, de variados setores da economia. Entre os respondentes:
- 76% afirmam já implementar ações com foco em sustentabilidade e ESG;
- 13% estão em processo de implantação;
- Apenas 11% não possuem iniciativas estruturadas nessa frente.
Esse cenário revela que praticamente 9 em cada 10 empresas brasileiras estão, de alguma forma, comprometidas com práticas sustentáveis.
Motivações empresariais: além da reputação
Diferente de períodos anteriores, em que a adesão ao ESG era muitas vezes impulsionada por pressões externas ou marketing, o estudo indica que hoje os principais drivers para ações sustentáveis são estratégicos:
- Fortalecimento da marca institucional
- Exigência de stakeholders e clientes
- Acesso a novos mercados e capital
- Redução de riscos regulatórios e reputacionais
Ou seja, empresas compreendem que sustentabilidade está diretamente ligada a valor de longo prazo, e não apenas à responsabilidade social.
ESG como pilar de inovação e vantagem competitiva
O avanço das práticas ESG no Brasil também se conecta a uma percepção mais sofisticada de seu papel na inovação empresarial. Modelos de negócio baseados em economia circular, cadeias produtivas limpas, eficiência energética e impacto social positivo vêm ganhando espaço como alavancas de transformação.
Além disso, o crescente interesse de investidores por empresas comprometidas com metas climáticas, diversidade e transparência faz do ESG um diferencial competitivo com impacto direto no valuation e na perenidade dos negócios.
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